sexta-feira, 18 de maio de 2007

Entrevista Edgar Borges




À medida que se aproxima a Ronda de Elite, decisiva etapa de apuramento para o Campeonato da Europa de Sub-19, a Selecção Nacional da categoria continua a desenvolver o seu trabalho em Rio Maior, tendo em vista o objectivo delineado no início da época: estar presente no Euro2007, na Áustria.
Aproveitando uma pausa nos treinos, o Treinador Nacional, Edgar Borges, em entrevista ao Portal do Futebol, fez um ponto de situação do trabalho desenvolvido até ao momento e falou sobre o que espera desta última prova de apuramento.




Portal do Futebol: Como é que tem estado este estágio?

Edgar Borges: "No seguimento do que foi inicialmente planeado, estamos a cumprir o nosso programa de treinos tendo em atenção, primeiro que tudo, o nosso modelo de jogo, explorando e relembrando as directrizes básicas do jogo, como as transições ofensivas e defensivas, os lances de bola parada, etc. Posteriormente, vamos procurar desenvolver esforços tendo em atenção a forma de jogar dos nossos adversários e de que modo podemos suplantar as dificuldades que nos vão ser criadas."


PF: Qual é que acha que é o ponto forte desta equipa?

EB: "A mentalidade competitiva e a consistência defensiva. Somos uma equipa muito coesa e é esse espírito de grupo, aliado à boa qualidade técnica dos nossos atletas, que nos torna numa formação a ter em conta."


PF: E qual o ponto fraco?

EB: "A finalização. Essa é a grande lacuna desta equipa. Conseguimos criar muitas situações de golo mas, infelizmente, a eficácia nem sempre é a desejada, e isso tem que ser corrigido, ainda para mais agora que entramos numa fase decisiva do apuramento. Em todos os treinos procuramos analisar em conjunto o que está mal e corrigir. Para isso, dedicamos 15 minutos por treino a exercícios de finalização e remate à baliza. Somos uma equipa que sofre poucos golos, mas não os marcamos tantas vezes quanto desejaríamos."


PF: Que análise faz dos adversários de Portugal?

EB: Antes de mais, devo dizer que este é um grupo equilibrado. Individualmente falando, a Escócia, anfitriã do torneio, é uma selecção forte fisicamente, à semelhança das equipas britânicas, onde pontifica um estilo de jogo mais directo e no qual compensam a menor criatividade dos seus executantes com a entrega ao jogo. A Turquia, em minha opinião, é o conjunto que mais se assemelha a Portugal. Evoluiu muito nos últimos anos, tendo sido campeã europeia de Sub-17 há duas temporadas e tem nas suas fileiras jogadores com uma técnica apreciável e com bom toque e circulação de bola. Por fim, a Geórgia, que pode ser encarada como o adversário mais acessível do grupo, apesar de ter as suas limitações, também apresenta virtudes: defende muito bem e joga no erro do oponente, apostando no contra-ataque e no espírito "guerreiro", no bom sentido, dos seus jogadores que nunca dão um lance por perdido."


PF: Qual é o favorito para garantir a presença na fase final?

EB: "Todos são favoritos na minha opinião. Pode parecer contraditório, mas espelha bem a competitividade que eu antevejo neste grupo. Todos têm legítimas hipóteses de apuramento. O vencedor será decidido através de pequenos pormenores."



PF: Qual a importância deste tipo de competições, como um Campeonato da Europa, para o crescimento futebolístico dos jogadores?

EB: "Estas provas são fundamentais para complementar a formação adquirida nos diversos escalões, quer dos clubes, quer das selecções. Trabalhamos com o intuito de estarmos sempre presentes nas fases finais das mais importantes provas de selecções. Só assim, estando entre os melhores e aprendendo com eles, será possível aumentar a capacidade competitiva dos jogadores."


PF: Em que medida o cansaço físico de uma época pode influenciar o rendimento dos jogadores na prova?

EB: "De facto é uma questão delicada. É preciso recordar que a segunda fase do Campeonato Nacional de Juniores ainda se encontra a decorrer e alguns destes jogadores participam ou participaram nela. A questão da recuperação física entre jogos torna-se pertinente porque o ritmo de jogo dos nossos adversários é diferente. Vejamos o exemplo da Escócia: a maior parte dos jogadores convocados alinham nas equipas séniores do país ou em Inglaterra, estando por isso habituados a um ritmo de jogo mais elevado. Se compararmos com a nossa realidade, constatamos que poucos são os jogadores portugueses nessa situação. Conclusão: mesmo estando sujeitos a uma carga física mais exigente, decorrente de um ritmo mais elevado, os nossos adversários estão também mais capacitados para gerir esse esforço do que nós. É por isso que serão efectuados treinos mais curtos, para não haver uma sobrecarga física antes mesmo do começo da Ronda de Elite."

4 comentários:

Madjer disse...

" madger said...
"foi com mérito escolhido para assumir uma fantástica equipa e conduzi-la até ao termino da sua formação."

Isto quer dizer que vai ser o treinador do Padroense (Sub-16)
na próxima época?

Sexta-feira, 18 Maio, 2007 "
Como não respondeste, volto a perguntar.

Anónimo disse...

estou a preparar um post sobre os treinadores. mas posso adiantar k nao vai estar no padroense. abraço

Anónimo disse...

amigo sam se não vai estar no padroense ...logicamente vai estar no f.c.porto!! agora ....nos sub15 outra vez ....ou nos sub16!!?
pelo que eu sei a politica a seguir pelo F.C.PORTO é outra!

Anónimo disse...

stike os sub-16 são o PADROENSE