Sub-17 Guimarães 2-0 FC Porto

Azuis- Ruca, Coutinho(Caetano), Pedro Rodrigo, Seixas, Fabio Vieira(Duarte), Ramon, Jony, Filipe, Alex, Matos, Figueiredo(Josué)

Dez anos depois uma equipa da formação do FC Porto não marca presença numa fase final do Campeonato Nacional.

Foi perante duas mil pessoas que se disputou um jogo decisivo, intenso mas muito mal jogado por ambas as partes, que viria a definir o Guimarães com uma das quatro equipas finalistas do Campeonato Nacional de sub-17.

Na formação portista uma novidade no onze inicial, a entrada do avançado Matos e saída de Caetano, tal como tinha sido noticiado neste blog Caetano esteve lesionado durante a semana e não se encontrava completamente recuperado, esta alteração levou a fermentar o jogo longo na profundidade, tendo Matos como referencia nas saídas para ataque. Na equipa minhota nenhuma alteração, apostando no mesmo onze que apresentou no Olival e principalmente nos mesmos princípios de jogo apresentados em todos os jogos disputados, um jogo com grande intensidade, com muitas transições, onde privilegiam o jogo aéreo, onde têm vantagem atendendo à elevada estrutura media da sua equipa, principalmente no corredor central onde todos os elementos apresentam estaturas próximas do 1.90.

O Guimarães entrou com todo gás, apostando tudo nos minutos iniciais, com uma enorme agressividade ofensiva colocando constantemente bolas longas no Avançado Lucas e tendo sempre o meio campo muito próximo no ganho da segunda bola, foi nesse momento que a defensiva portista se portou melhor, sentindo grande conforto no jogo frontal, limitando-se a destruir e dando a responsabilidade da segunda bola a Ramon, que actuou como pivot.

A meio da segunda parte o Porto começa a pegar no jogo, já não se limitava a destruir e começava a servir os extemos na largura, onde estes tal como no Olival, tinham muito espaço para transição atendendo à constante subida dos laterais Vitorianos. Figueiredo e Alex começam a ser um quebra-cabeças para os defesas, lentos e mal posicionados, do adversário, conquistam faltas e servem Matos, sendo precisamente através dos lances de bola parada que os Azuis dispõem de duas claras oportunidades de golo, ambas desperdiçadas por Seixas.

Ao intervalo entra Duarte para Lateral esq, e tal como era previsível, Ramon e Jony quebraram fisicamente, foi o descalabro total.

O futebol é um jogo colectivo e deve ter como princípios da sua organização esse mesmo conceito… colectivo!!

Os Dragões nunca foram uma equipa próxima, uma equipa bem posicionada, nunca foram um só..

As segundas bolas são da responsabilidade de todo o meio campo.. só Ramon! não pode ser sempre o mesmo médio a entrar em zonas de ruptura.. só Jony! as transições não podem ser individualizadas.. Figueiredo e Alex tentam resolver sozinhos!

Mas foi isto que aconteceu com a equipa Portista e como era de prever Ramon, Jony, Alex e Figueiredo deram o estouro na segunda parte. Todos eles com uma enorme entrega ao jogo com uma enorme vontade de ajudar a equipa, mas tal como disse linhas acima, futebol é um jogo colectivo e quando o jogo é intenso, dividido, com ritmo como foi este, a divisão do esforço põe onze é menos desgastante do que por quatro.

Um Porto sem capacidade de sair para ataque rápido, um Porto sem capacidade para ganhar segundas bolas… foi um Porto dominado e sem conseguir respirar até sofrer os golos, e grandes golos ambos marcados pelo Capitão do Vitoria, o primeiro num excelente remate fora da área, e o segundo após uma triangulação do lado esq, o melhor elemento da equipa minhota, encosta à entrada da área.

Nos últimos minutos entram Caetano e Josué, para o lugar de Figueiredo e Coutinho, passando a jogar com três defesas e com mais gente no meio os Azuis pegam no jogo e criam oportunidades atrás de oportunidades sem nunca conseguir concretizar.

Com o meio campo reforçado e com esforço e espaço repartido por mais gente, reaparece no jogo o melhor elemento da equipa Portista, Jony. O Porto continua a jogar longo para Matos mas a diferença é que agora tem Caetano e Josué para ganhar e dar sequencia ás bolas perdidas, e para pressionar logo á saída, sempre longa, do Guimarães.

O jogo termina a faltar poucos minutos para o final com a expulsão de Alex, a equipa quebra e limitasse a jogar com o coração, mas sem qualquer organização.

Poucos depois o arbitro, boa exibição, acaba com o jogo e com o campeonato dos AZUIS.



++Positivo++

Entrega, e dedicação da equipa ao jogo, nem sempre da melhor forma mas a vontade esteve sempre presente. Dignificaram a camisola que vestem..

Publico, muita gente e muito apoio, certamente com maior assistência que muitos jogos da primeira Liga.




--Negativo--

Fraca qualidade de jogo apresentada por ambas as equipas.

Insultos por parte do publico aos atletas, são jovens de 16 anos e não adultos..